O Colégio João Paulo II (CJPII) desenvolve neste mês atividades sobre a campanha Setembro Amarelo, que aborda a prevenção ao suicídio e conscientiza para a importância do cuidado da saúde mental. “É um projeto de prevenção ao suicídio e a valorização da vida. Então, a psicóloga, Julia Santos de Faria, juntamente com nossos alunos,realizam diversas dinâmicas na sala de aula e nos corredores do colégio sobre esse assunto que precisa ser abordado. Aproveitamos esse mês de reflexão para colocar esse assunto em pauta para que todos possam pensar na sua vida e ajudar aqueles que estão passando por tribulações relacionadas a síndrome do pânico, depressão, ansiedade, baixa autoestima, enfim questões relacionadas à saúde mental. Propiciamos um espaço importante para que todos possam falar das suas emoções”, explica a diretora do CJPII, Leila Fonseca.
No dia 10 de setembro, é comemorado oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Dessa forma, no CJPII, todos os alunos estão envolvidos na campanha e foram convidados a escrever sobre seus sonhos, qualidades e medos em post-its, que foram pregados em murais espalhados pelo colégio. Os murais têm como propósito promover reflexões profundas. “Ao escrever sobre um sonho, o aluno é estimulado a refletir sobre aquilo que o motiva a continuar, mesmo diante de desafios e dificuldades. Ao escrever sobre uma qualidade, ele reflete sobre o que há de melhor dentro de si, algo essencial, especialmente, para quem está lidando com depressão, baixa autoestima ou outros transtornos, pois é comum a pessoa se enxergar de forma negativa e não reconhecer suas potencialidades. E ao escrever sobre um medo, o aluno reflete sobre suas preocupações e pode perceber que muitos colegas compartilham medos semelhantes, o que pode gerar um sentimento de união e compreensão. A questão não é o medo em si, mas como lidamos com ele”, explicou Júlia.
Para aprofundar mais sobre o tema, com troca de ideias, compartilhamentos de experiências sobre a campanha Setembro Amarelo, o colégio está programando uma roda de conversa com os alunos do curso de Psicologia da Univás. “Precisamos tratar desse assunto de verdade e conscientizar que o suicídio é um fenômeno multifatorial, envolvendo fatores psicológicos, biológicos, culturais e socioambientais, o que torna essencial abordar o tema com sensibilidade e de forma abrangente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maior prevalência de suicídios ocorre entre jovens de 15 a 29 anos, sendo que muitos casos estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias. Embora a depressão seja a doença mais associada ao suicídio, outros fatores, como crises financeiras, luto, abusos na infância e adolescência, bullying e grandes decepções, também podem contribuir para esse cenário. Além disso, o tema suicídio envolve diversos mitos, por isso, a necessidade de tratar sobre o assunto de forma aberta para todos os alunos do colégio. É importante incentivar todos, homens, mulheres, adolescentes e até crianças a falarem sobre os seus sentimentos e sobre suas emoções”, analisa a psicóloga Júlia.
Essas atividades fazem parte de um esforço maior para envolver todos os alunos e colaboradores na reflexão sobre o tema da saúde mental e do suicídio. "A intenção é criar um espaço seguro onde os alunos possam compartilhar suas emoções e se fortalecerem mutuamente", pontuou a psicóloga.
