Samuel Libânio é destaque em cirurgia complexa de garota de 10 anos
A menina Maria Eduarda Oliveira Alves sofria com um problema na coluna cervical e que só foi solucionado no Hospital Samuel Libânio
Quem olha a sorridente e astuta Maria Eduarda Oliveira Alves, de 10 anos, nem imagina que a garota passou momentos difíceis em sua vida. A menina nasceu com um problema congênito, uma deficiência na coluna cervical, que a impedia de andar, fazer as necessidades fisiológicas normalmente e ainda provocou um acidente vascular cerebral (AVC), o popularmente derrame cerebral.
Os pais de Maria Eduarda, o funcionário público Valdenir Alves de Souza e a dona de casa Albina Ferreira de Oliveira Souza, de Montes Claros (MG), ao longo de uma década, peregrinaram por vários hospitais de Minas Gerais e São Paulo atrás de especialistas para tentar amenizar o sofrimento da família. "Minha filha com cinco dias de vida entrou em coma. Do nada ela acordou chorando muito, achávamos que era cólica, como ela não parava de chorar levamos ela na pediatra, que passou um medicamento e retornamos para casa. Comecei a ficar preocupada, pois passava 8h, 10h, 12h, 15h e a Maria Eduarda não acordava. Ao retornar com nossa filha a pediatra, ela foi imediatamente encaminhada para a UTI Infantil de Montes Claros (Unidade de Tratamento Intensivo) em coma. Foi um susto grande. Diante de exames descobrimos que ela tinha um problema congênito que não foi apontado durante o pré-natal", lembra emocionada dona Albina Souza, que completa "deste dia em diante começou a peregrinação de nossa família atrás de um tratamento para nossa filha".
O pai, Valdenir Alves conta que juntou todas as economias com o único objetivo: buscar um tratamento adequado para Maria Eduarda. "Em Belo Horizonte, no Hospital Sara Kubistchek encontramos o tratamento, porém a cura do problema na coluna de Maria Eduarda nunca era solucionado. Minha esposa e eu resolvemos buscar ajuda em São Paulo, no Hospital Albert Einstein, lá existia o tratamento adequado, porém não tínhamos o dinheiro para honrar o pagamento. Em Extrema, na casa de minha cunhada, foi nos comentado sobre o Hospital Samuel Libânio de Pouso Alegre, onde viemos procurar tratamento, e aqui, graças a Deus (o pranto rola no rosto de Valdenir Alves ao contar o fato) e ao médico Carlos Henrique conseguimos a cura de nossa filha. Nossa vida foi salva graças a este Hospital, que nos acolheu de braços abertos", disse Valdenir Alves.
A história de vida da pequena Maria Eduarda comoveu o neurocirurgião Carlos Henrique Raggiotto, que liderou a equipe médica na realização da cirurgia, considerada complexa. "É uma história de luta pela vida. Uma história de persistência. Uma história comovente, que tive o prazer de fazer parte. Com essa cirurgia que realizamos, Maria Eduarda não sofrerá mais AVC. O problema congênito foi totalmente corrigido com sucesso e ainda existe uma grande possibilidade dela poder andar", comemora o neurocirurgião Carlos Henrique.
Segundo a diretora Administrativa do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL), Sílvia Regina Pereira da Silva a cirurgia da Maria Eduarda foi realizada pelo convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), porém a referência da garota não pertence a região de Pouso Alegre. "Nosso Hospital Samuel Libânio, apesar das inúmeras dificuldades financeiras não abandonou mais um caso complexo como este. Nós temos capacidade para realizar procedimentos de alta complexidade como o da Maria Eduarda, porém nos faltam recursos financeiros para realizá-los".
A família de Maria Eduarda retorna para Montes Claros, após quatro dias hospitalizada, feliz e agradecida ao corpo clínico do HCSL pelo atendimento. "Vamos levar para sempre o Hospital Samuel Libânio em nosso coração. Somos eternamente gratos pelo médico Carlos Henrique e sua equipe e todos os funcionários do Hospital", finaliza Valdenir Alves.
Por Lucas Silveira Ascom/FUVS
A família de Maria Eduarda reunida esboça felicidade com o sucesso da cirurgia realizada pelo HCSL
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