Corpo clínico do HCSL entra na luta nacional em Defesa do SUS
O corpo clínico do Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) e os docentes e discentes do curso de Medicina da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) aderiram ao Movimento Nacional em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) realizado na última quarta-feira, 3 de julho de 2013. A mobilização nacional foi organizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Coordenação Nacional de Plenárias de Conselhos de Saúde e o Conselho Regional de Medicina (CRM).
Em Pouso Alegre, médicos e estudantes se reuniram por volta das 15h no Anfiteatro da Unidade Central da Univás para debaterem as principais reivindicações das entidades médicas nacionais frente ao cenário atual em que se encontra a medicina e a saúde pública nacional. "Estamos reivindicando do governo federal a criação de carreira de Estado para médicos, visando a interiorização de profissionais, remuneração de forma justa aos profissionais, atuação contra a importação de médicos estrangeiros sem a revalidação de seus diplomas; melhor financiamento para a saúde; melhoria nas estruturas de atendimento à população; e reestruturação do decreto presidencial 7562, que alterou a Comissão Nacional de Residência Médica", comentou o delegado regional do CRM no Sul de Minas e docente da Univás, Mário Benedito Costa Magalhães.
Durante o debate, o diretor Clínico do HCSL, Eduardo Ribeiro Cézar Magalhães, agradeceu o apoio e incentivo do presidente da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (FUVS), Rafael Tadeu Simões pela causa dos médicos e da saúde da população. "Nosso presidente Rafael está solidário com nossa causa e vê a importância de pedir mais recursos do Ministério da Saúde para termos uma saúde de qualidade. Nós estamos pautados no sentido de mostrar à população que o caos instaurado não é por falta de médicos. Temos vários problemas, como o subfinanciamento do governo federal, mas também é preciso que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha explique por que deixou de utilizar R$ 17 bilhões dos recursos disponíveis do orçamento da saúde do ano passado", disse Eduardo Magalhães, que também é presidente da Associação Médica de Pouso Alegre.
A adesão do Samuel Libânio à Mobilização Nacional em Defesa do SUS teve um único objetivo: garantir para a população sul mineira uma Saúde de qualidade e excelência aos usuários do SUS, cobrando dos governantes melhores condições de trabalho, aprovação da PEC 454 e do Exame de Revalia.
Depois do debate, médicos e acadêmicos de Medicina da Univás tomaram as ruas da região da Universidade e do Hospital Samuel Libânio em um protesto pacífico e silencioso, com placas em preto e branco, simbolizando luto da classe médica.
Por Lucas Silveira Ascom/FUVS
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