XI Semana das Licenciaturas orienta para um novo olhar sobre a sala de aula
Dia 9 de abril teve início a XI Semana e IX Jornada das Licenciaturas da Universidade do Vale do Sapucaí (Univás) que este ano se foca em "Um novo olhar sobre a sala de aula". As atividades serão encerradas hoje, dia 11 de abril, com palestra sobre o desenvolvimento cognitivo e uma oficina de jogo de xadrez.
A abertura do evento foi conduzida pela coordenadora do Laboratório de Prática de Ensino (Labes), Marlene Fátima de Castro Toledo. Ela falou da necessidade da integração de escola, comunidade e sociedade, e do objetivo do Labes de fomentar inovações, lembrando que quando os alunos propõem soluções que funcionam, enchem a universidade de orgulho. Este ano o modelo da Semana e da Jornada foi modificado, por isso, ela desejou que estes dias fossem o coroamento dos estágios.
O diretor acadêmico da Unidade Fátima da Univás, professor Benedito Afonso Pinto Junho, discursou antes de dar início às palestras, desejando a todos uma boa atividade e cumprimentando os professores convidados chamando-os à frente para receberem uma salva de palmas dos alunos. Finalizou dizendo que "Aprender é realizar (...) A correção maior não parte dos professores para com o aluno, mas deste para consigo mesmo".
As palestrantes da noite foram as professoras Cristiane Machado e Sônia Aparecida Siquelli que muito didaticamente falaram sobre a "Política e avaliação na educação contemporânea". Sônia tomou a palavra lembrando que a Educação Básica inclui a Educação Infantil, Fundamental e de Ensino Médio e da importância de saber diferenciar o Estado, o governo e as políticas sociais.
Tomando como base que o Estado é muito mais forte que o governo, porque ele sempre é mais jovem, fica fácil a diferenciação. O Estado segura a sociedade, é o conjunto de instituições permanentes: legislativo, tribunais, exército, etc. O Governo é o conjunto de programas e projetos, ele assume e desempenha as funções do Estado, de forma que este último tem a obrigação de criar políticas a partir do governo para a sociedade. Por fim, as políticas públicas têm o objetivo de redistribuir benefícios sociais para diminuir as desigualdades sociais.
Dentro desta perspectiva, Cristiane lembrou que as origens da reforma da educação brasileira datam da década de 1990, quando a avaliação política se tornou mais forte. O governo criou uma avaliação para a escola, de fora para dentro, porque com a crise do petróleo, no final da década de 1970, houve a necessidade de revisão do papel do Estado. Com isso, houve uma redução drástica de gastos nas políticas sociais, resultando no aumento da arrecadação. O Estado se tornou mais leve e mais forte. A avaliação foi adotada como política de enfrentamento, para gastar menos e melhorar resultados. A preocupação hoje é com a qualidade, que define valor, mas precisa de referência, como, por exemplo, a coleta de dados.
Levando tudo o que foi falado em conta, Sônia e Cristiane concordaram que a autoavaliação das instituições de ensino é a mais eficaz, porque permite a discussão das avaliações externas com argumentos corretos e comprovados.
Por Izabella Campos Ocáriz Ascom/Fuvs
Confira a cobertura fotográfica do evento
Dia 9 de abril
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